quarta-feira, 12 de março de 2014

BC - Faça uma análise de você e de sua vida antes e depois da maternidade.

Obaa, minha primeira postagem em uma Blogagem Coletiva ;)
Eu adorei o tema proposto pela Marcela do Meu Pequeno Rei Davi.
Minha vida antes do Morôni era normal, rs. Ontem eu falei bastante disso aliás. Eu trabalhava. Eu cheguei a começar faculdade. Eu namorava. Saia pra barzinho pra tomar Coca. Ia pras atividades da minha igreja (bailes, churrascos, filme na casa dazamigas). Eu gostava de ser uma pessoa "independente".
Eu nunca fui uma irresponsável e  inconsequente, mas tbm não era a pessoa mais responsável do mundo. Nunca tive muita paciência com criança, sempre fui trabalhada no nojinho sabe? Por exemplo, se eu tivesse tomando água/refrigerante/suco e chegasse alguém e desse uma bicada no meu copo eu parava de tomar na hora. Podia ser qualquer um, pai/mãe/irmãos/namorado. E se fosse meu sobrinho então. Era pra nunca mais nem usar aquele copo.
Aí o Morôni chegou, com toda sua lindeza e fofurice e a primeira coisa que ele quis fazer na vida foi trabalhar comigo essa questão do nojinho.
- Não gosta de trocar fralda de cocô? Se prepara pra bomba;
- Não gosta de gorfo? Prepara sua blusa.
- Não gosta de baba no copo? Vem cá que eu quero um gole desse suco
Outra coisa que ele trabalhou muito comigo foi a questão das tetas. Eu achava o cúmulo da falta de vergonha aquelas mulheres que simplesmente botavam a teta pra fora sem colocar um paninho em cima. Me perguntava como podia, se não tinham vergonha na cara. Eu era arrogante assim. Aí nasceu o meu branquelo, e ele veio direto da Etiópia, como diz minha Vó. Essa criança mamava demais. E eu não tinha tempo pra paninho nenhum. Enquanto eu não enfiava a teta na boca dele, não parava de chorar. E o pano pra me cobrir normalmente era a última coisa que me passava pela cabeça.
Eu mudei muito com o Morôni, sou praticamente outra pessoa. Sou mais calma, mais cuidadosa, mais paciente. Aprendi principalmente o que é amar incondicionalmente e isso eu não troco por nada nesse mundo.
Pra algumas pessoas eu fui mãe muito jovem, e as vezes eu acho isso também. Meu filho nasceu quando eu tinha 24 anos. Desde então eu tomo minhas decisões baseadas nele, no que é melhor pra ele. Eu sai do meu emprego assim que engravidei, pq eu não conseguia andar no transporte público daqui, eu passava muito mal.
Depois que ele fez um ano (e depois das convulsões), me propuseram o emprego dos sonhos, em que eu ganharia muito dinheiro. E eu disse não. Se fosse antes do Morôni iria sem pensar muito. Mas hoje eu tenho alguém que depende de mim. Um ser frágil. Uma pessoa que precisa ser muito amada. Essa é outra coisa que mudou bastante. Deixar de pensar em mim pra pensar nele.
Eu não vejo mais gente todo dia, eu não me arrumo pra ir trabalhar. Eu lido com fraldas e mais fraldas sujas.
Mas em troca eu todos os dias faço meu filho dormir abraçadinha nele, vejo todos os sorrisos, casa palavrinha nova que ele aprende eu to aqui pra ouvir. Eu aprendi até a desenhar :D
Então, sempre que me perguntam se valeu a pena abrir mão de tudo que abri, minha resposta e sim. Eu tenho a coisa mais preciosa do mundo que é meu filho. A maior bênção da minha vida que é minha família. Eu não sei viver sem eles e nem quero. Por esses dois rapazes dessa foto ao lado eu mato e morro. Foi isso que aprendi durante esses quase 2 anos como mãe: a amar incondicionalmente.
Aprendi também a dar muito valor a minha mãe, as escolhas dela. Com a minha idade, minha mãe já tinha 3 dos 5 filhos. Ela sofreu muito pra nos dar uma vida digna. Ela sempre deu um bom exemplo. Eu a admiro muito. Hoje eu sei o quanto é cansativo lidar com uma criança. Fico imaginando como ela conseguiu ser a melhor mãe do mundo. Eu hoje vejo o quanto ela abriu mão de tantas coisas.
É muito difícil ser mãe. Mas é realmente compensador. E eu sou muito grata as mudanças que meu filho "impôs" a mim.
Beijos e até a próxima BC :D.

5 comentários:

  1. Quando abriu mão de tudo, abriu também os braços para o melhor de todos os presentes: seu filhote!!!

    Adorei a postagem!

    Bjs!

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  2. Adorei!
    Eu tb adoraria abrir mão do trabalho para só cuidar da filhota, mas infelizmente no meio caso eh sonho distante...
    Gostei da parte do nojinho, me peguei pensando que eu tb era igualzinha rs
    bjos!!!

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  3. Eu morria de vergonha dos seios até marido ñ gostava muito que visse, hoje tb aprendi a colocar pra fora onde precisar rsrrss
    Beijos

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  4. Tudo vale a pena né???
    Beeeijo

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  5. Oi Fernanda,

    Morri de rir do seu "nojinho"....rsrs... Como a vida ensina, né? Parabéns pela transformação, não só de tudo que citou, mas acima de tudo, de menina pra mulher! Deve ser uma super mãe!

    bjão,
    http://meupequenoreidavi.blogspot.com.br/

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