terça-feira, 15 de setembro de 2015

Relato de Parto da Tarsila 😍

Imagem com direitos autorais, proibido
Qualquer forma de reprodução. 

A primeira vez que ouvi falar de um parto humanizado, foi quando uma moça aqui de Campinas teve um parto domiciliar que virou notícia. Ela postou no YouTube o video do parto dela e diversos telejornais usaram como notícia. Não me lembro o ano exatamente (talvez 2010), mas me lembro de ter achado que era muita irresponsabilidade.
Quando engravidei do Morôni, eu não conhecia nada de humanização do parto. Meu pré natal e consequentemente meu parto foram cheios de intervenções, mas eu sempre tive certeza que iria parir meu filho pela minha vagina. Não me preparei psicologicamente pra uma cesariana, mas nossos planos não são os planos do Senhor.
Com 37 e 5 dias, depois de um trabalho de parto cheio de intervenções de mais de 15 horas, meu filho nasceu em uma cesariana de emergência, lindo, perfeito e saudavel.

Nessa gravidez deixei bem claro desde o começo oq eu queria ( e oq eu não queria tbm): um parto natural, sem intervenções, sem soro, sem anestesia, sem epsiotomia. Queria sentir os puxos, queria sentir minha filha saindo pela minha vagina.
Mas nossos planos, muitas vezes não bate com os planos dos médicos.

Fiz acompanhamento desde a semana 15 no alto risco da Maternidade aqui de Campinas. Na sala de espera ouvi diversas vezes que os médicos eram cruéis, que forçavam o parto normal. Cada vez que escutava isso, ficava bem feliz, afinal era exatamente oq eu queria.

Meu parto começou a ser desenhado no dia 23 de agosto. Domingo. Tinha acabado de completar 38 semanas.
Acordei cedo com uma dor forte, que ia e vinha, uma dor bem la dentro. Uma dor que poderia facilmente ser uma dor de estômago.
A dor foi aumentando e eu decidi ir para a maternidade, pra ver se estava acontecendo alguma coisa. Chegando lá, a médica fez um toque e...

1 cm, colo alto e grosso. Vai demorar ainda. Não vai ser hj. Mas se quiser andar um pouco pra ver se acelera, tudo bem.
E la fomos eu, meu marido e meu filho andar. Contrações irregulares. Algumas fortes, outras fracas, algumas sem dor nenhuma.
Minha mãe estava conosco e apesar de amar ela com todo meu coração, a vdd é que ela só me irritou.
Voltamos para a maternidade depois da troca do plantão, dessa vez a médica não sentiu dilatação nenhuma.
Não tinha chegado a hora ainda.
Na terça feira tive consulta de rotina, e fiz aquele exame que mede as mexidas do baby, o batimento cardíaco e as contrações. No meio do exame senti uma cólica, forte até. Depois, perguntei pra medica oq era aquela subida estranha na última linha. - Vc teve uma contração. Ah, então contração é assim? Eu realmente estava com dor de estômago no domingo.
Nessa consulta foi levantado o seguinte: - Vamos marcar mais uma consulta pra vc, vai ser a sua última. Se vc não entrar em trabalho de parto naturalmente, vamos fazer uma carta encaminhando vc para o parto, e como vc já tem uma cesárea anterior, possivelmente vai ser outra. Vamos torcer pra vc entrar em TP naturalmente.

Saí da consulta nervosa, mas feliz. De qualquer forme, aquela era minha última semana com Tarsila no forninho. Mas exigia do meu corpo pra trabalhar.

Sexta, 28 de agosto. Aniversário do meu irmão mais novo. Fomos pra casa dos meus pais. Comemos bolo e tomamos Coca Cola. E no almoço comi uma feijoada e deixei algumas senhorinhas escandalizadas por eu estar grávida de 9 meses, batendo perna e comendo feijoada, rs.
Sábado, dores leves. Mas ritmadas.
Domingo, mais dor. Mas uma dor diferente, muito parecida com uma cólica menstrual, muito parecida com a dor q tive durante o exame. Vinham de 5 em 5 minutos.
Decidi ir para o hospital monitorar, pq podia não ser nada , mas podia ser tudo. Meu prazo estava acabando, meu corpo precisava agir.
Minha mãe me acompanhou mais uma vez e mais uma vez me irritou, rs.  Ela não acreditava que eu podia parir devido as inúmeras intervenções que tive no parto do Morôni. E me fez enumerar cada uma delas pra médica de plantão.
E ela era uma médica linda. Que me fez acreditar ainda mais em mim e em minha capacidade de parir. Mas ainda não era a hora, mas já estava chegando,  3 cm de dilatação, colo baixo e afinando.  Eu estava oficialmente em trabalho de parto.
Segunda, dia 31/08 as mesmas dores. Mas sem mudanças.
Chegou a terça feira, dia 01/09, dia da minha consulta e fim do meu prazo.
Minha consulta era as 13h, mas acordei mto cedo 4:00 h da manhã,  com uma cólica bem forte. As dores todos aqueles dias estavam em 5. Nesse dia tinha subido pra 7.
As 5:30 levantei pra tomar um banho antes de acordar o Morôni pra ir a escola. As dores não diminuiram nada.
Acordei ele, troquei e levei a escola,  mas antes escrevi um bilhete avisando que seria minha mãe quem iria buscar ele, afinal as consultas sempre são super demoradas. Sai de casa com a certeza de q não voltaria sem meu bebê. Na consulta tudo tranquilo. Avisei que estava com dores fortes (na vdd fui a sensação da sala de espera) e a médica fez a carta para minha internação pro dia seguinte e me mandou andar. Ela fez um toque a pedido meu, o segundo feito no pré natal inteiro e me disse q eu já estava com 4cm com colo bem baixo e fino. E disse ainda que eu talvez não precisasse de indução.
Sai de lá feliz, imaginando como estava próximo meu parto.
Meu marido estava com fome, então decidimos comer alguma coisa. Eu não estava com fome, mas sentia mta sede.
Fomos num mercado em frente a maternidade comprar ração pra nossa gata, de lá fomos pra uma lanchonete até gostosa. Justo quando chegamos as atendentes tinham saido pra ir ao banheiro. E o Leandro começou a falar com o chefe dele (que é meu irmão) sobre minha internação no dia seguinte. Eles ficaram conversando cerca de 15 minutos e como eu estava com muita dor, eu me sentei de cócoras no canteiro em volta da árvore.
Desistimos de comer nesse lugar, pq lá como tem mta saída o refrigerante estava quente e fomos em um outro, perto da maternidade tbm. Tomei uma coca geladinha e comi um salgado de frango. Não estava com fome e as dores estavam incomodando muito.
Deixei meu marido lá e fui para o ponto de ônibus, precisava sentar. Leandro chegou e logo passou um ônibus para nosso bairro, mas decidimos não entrar pois estava muito cheio.
Esperamos mais uns 20 minutos (nunca demora assim o ônibus) e eu já não aguentando de dor pedi pra irmos para a maternidade direto, afinal lá poderia ter analgésicos ;)

Continua...


2 comentários:

  1. hahaha, estou mega curiosa!

    Bjus

    http://esperando-esperar.blogspot.com.br/

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  2. Ahhh não continua kkkk
    Curiosa!
    Bjos

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